domingo, 28 de setembro de 2008

Anos rebeldes... Ânus rebeldes!

Após um belo [mas fantasioso] texto do nosso [ilustríssimo] blogueiro Beto, falando sobre os paradigmas do amor [não leu? Clique AQUI que merece], eis que vamos voltar a nossa programação normal de mundo [Bem menos poética e mais polêmica]. Beto, eu prometo que ainda farei um texto sobre a minha visão do amor contemporâneo, mas vamos deixar para um segundo momento. Hoje, quero apenas comentar três notícias que me fizeram refletir [nausear] nas últimas duas semanas, sobre o quão moderna [cabarelizada] está a nossa sociedade.

Semana passada, deparei-me com a seguinte manchete: “Mulher traída leiloa calcinha da amante” [Lá fui eu, gastar meu precioso tempo pra ler esta preciosidade urbana]. Pois bem, a danada da australiana, não achou por menos ser traída e ainda decidiu promover um leilão na tentativa de difamar o marido. A verdade é que o fato teve repercussão internacional e a senhorita com certeza foi bem mais ridicularizada de que o "glorioso Calabar”! [É aquela história de que se a merda ta feita, não mexe que fede mais!]

Muitooooo mais inteligente foi a brasileira [Não que eu concorde, mas reconheço a esperteza, hehe]. Tomou um chifre e processou a amante por danos morais. Na primeira instância obteve ganho de causa e poderá receber uma indenização de R$31 mil. Fico imaginando, caros leitores, se essa moda pega no Brasil [Um minuto de silêncio]. O que vai ter de neguinha pedindo pra tomar chifre não está no gibi [Já estou vendo até manchete de jornais falando do novo “golpe do chifre”]. Por outro lado, poderemos ter o maior índice de falência por pagamento de indenizações já registrado no Brasil [Quer conhecer um candidato a pobre? Seja homem ou mulher! Vá ao espelho! Já fiz esse exercício!].

Por fim, fechando este novo conceito de sociedade, a notícia mais preocupante: “A comercialização de cabaços”. Primeiro foi uma norte-americana que leiloou sua virgindade para bancar os estudos. Depois a modelo italiana, que está querendo vender seu hímen por [inacreditáveis] dois milhões e meio de reais. E como esse tipo de pureza não demora a chegar no Brasil, a sobrinha de Gretchen, Carol Miranda, estuda vender sua virgindade para uma produtora pornô por 500 mil reais [Virgem?!?].

Eu fico imaginando que daqui há alguns anos, o cara vai na balada, fica com a mina, começa a pegação, vai pro carro, a coisa esquenta e pá... até que na hora de encurtar a distância, a mina vai soltar um: “Não... só podemos ir até aqui, porque daqui pra frente está a garantia da minha casa de praia!” [Vai encarar maluco? Eu não acho graça!]. O pior de tudo é que com certeza terá algum louco que vai achar o máximo e vai pagar [Agora me diga qual é a graça de comer um “Kobe Beef” - uma das carnes mais caras do mundo - mal passado? Bem... pelo jeito, há rico e besta pra tudo!].

Enfim, quem tiver filho novo, aconselho a fazer uma poupança desde cedo para que no futuro ele não sofra com o pagamento de indenizações ou então precise de um extra pra desvirginar uma moça financeiramente careeeente [mas do jeito que vai, talvez o governo crie a Bolsa Cabaço]; Se for uma filha, de beleza exterior patente, pode ficar tranqüilo, se ela não for bem nos estudos, pelo menos ela tem um hímen como garantia [Parem o mundo pra eu descer!].

No mais, aposto que em 10 anos, [infelizmente] ninguém vai mais se impressionar com estes tipos de notícias! Afinal, anos rebeldes, ânus rebeldes... [fico aflito só de pensar qual será a próxima pérola!]

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Quem te viu, quem TV...

Alguma coisa de errado vem acontecendo com a TV brasileira nesses últimos anos.
Não sei se fui eu que abri os olhos com o avanço da idade ou se a programação está cada vez mais fraca, mas a verdade é que tá ficando mais difícil suportar certas coisas que acontecem na programação nacional.

Enquanto a qualidade técnica dos nosso canais é boa, ou pelo menos aceitável, a nível mundial, a programação está muito aquém, salvo alguns programas que são de respeito. Mas, o que acontece é que, se você não está envolvido com nenhuma novela, pouco resta pra se acompanhar na televisão.

Se o cidadão for humilde e tiver sua simples anteninha interna, no seu aparelho vai pegar (se ele morar numa região com bom sinal) a Globo, o SBT, Record, Band, RedeTV e Cultura (Tomando por base minha cidade, Campina Grande). Aí o cidadão vai lá e liga a TV de manhã... começa com uma mensagem triste de apelativa recitada pela insossa Ana Maria Braga. Depois são umas 2 horas de programa mostrando comida e entrevistas com algumas pessoas que até seriam interessantes, mas que guiadas por ela, conseguem ser enfadonhas. Isso só pra começar o dia com o pé direito. (Na verdade seria muito mais interessante se o programa fosse regido pelo Louro José, aquela cadelinha ficasse contando piadas e Ana Maria ficasse encoleirada em algum lugar do cenário.)

Ao longo da programação, a breguice assola a nossa TV... Eu sou fã de Sílvio Santos, do personagem Sílvio Santos e do empresário Sílvio Santos, mas do produtor Sílvio Santos eu tenho pavor. Já não bastasse ressuscitar todos os programas da década de 80, eles ainda voltam com o MESMO cenário! Custava algo botar umas coisinhas digitais ao invés de lâmpadas se apagando na contagem de tempo do "Qual é a música"? E aqueles dubladores com a cara pintada e cheia de purpurina?? Deus os perdoe, eles não sabem o que fazem.
"A praça é nossa", que já conseguiu ser engraçado um dia, hoje desperta ódio e deve traumatizar crianças país a fora.

Falando nisso, parece que os programas de humor do Brasil sofrem de alguma síndrome que vai acabando a graça deles com o passar do tempo; algo degenerativo, tipo um Alzheimer do humor. Casseta e Planeta era ótimo no início, era motivo de debate nos colégios no dia seguinte. Hoje a única risada que conseguem arrancar é a da cobrinha que aparece na vinheta deles (como diz meu pai). Rezo para que descubram a cura para isso antes que a turma do Pânico e do CQC também sejam afetados (Zorra Total não sofre dessa doença, pois nunca foi engraçado). Enquanto isso, Chico Anísio tá aí, desempregado ou numa geladeira. Vai entender...

Até quem tem algum programinha interessante consegue deixar brega a coisa... existe coisa mais sem lógica do que a voz do locutor dizer "Boa tarde, Luciano" toda vez que começa o caldeirão do Huck?

No quesito filmes, até que aparecem uns ou outros que prestem de noite. Mas, à tarde?? Se você der a sorte de ligar na Globo e não estar passando A Lagoa Azul, vai se deparar com algum filme de animal que pratica esporte ou algum no estilo High School, com "da pesada" ou "do barulho" no título. Aliás, quem aqui discorda que seria bem melhor que Serginho Groisman fizesse um programa vespertino – como o antigo Programa Livre – pra ser passado no lugar da sessão da tarde? Enquanto isso, ele tá lá, passando uma vez por semana, na madrugada de sábado, enquanto boa parcela da população ta bem mais preocupado em tomar uma e paquerar do que com a televisão.

E os programas de discussão familiar? Regina Volpato, Marcia Goldschmidt, Silvia Popovic! Ai, ai, ai... eu não acredito que alguém acompanhe aquilo sem ser com a intenção de rir da situação ridícula que aquele pessoa se expõe (se é que aquilo não é combinado).

Mas, me parece mesmo que é algo que vem de cima... até no velho e bom futebol, garantia de salvação da programação do domingo, eles conseguem escolher o pior jogo entre os 10 da rodada. Podem reparar, na maioria das rodadas acontece mais ou menos assim, o jogo vai lá rolando naquele marasmo e a bolinha aparecendo na tela dizendo que tem gol nos outros jogos. Fim da rodada; resultados: 4x3, 5x2, 3x0, 2x1... e o jogo da TV? 0x0 - Parece até que é combinado pra que a TV não possa dar alegria.

Diante de uma TV local tão recheada de coisas inúteis, quem tem algum dinheirinho a mais compra uma parabólica. São cerca de 25 canais a mais. Ou seja, 25 motivos a mais para se ter raiva! Agora você tem acesso direto a coisas irritantes como umas vaquinhas correndo na tela, jogo de futebol do campeonato sueco, os discursos animadíssimos dos deputados e senadores, óperas (essas eu gosto, mas quase ninguém gosta), pessoas vendendo coisas... São canais que ajudarão bastante caso você tenha tendências suicidas. Eles te ajudarão a colocar em prática seus desejos. :P

Aí vem a solução: já que a TV nacional não nos dá quase nada que preste, o segredo é pagar por uma TV por assinatura, certo? É um serviço nacional que nos oferece vários canais internacionais, pra todos os gostos. Na teoria seria a solução, mas devo confessar que quando eu tive uma dessas, passava cerca de meia hora na frente da TV vendo uns 105 canais e me decidindo. Era tanto canal que eu via um, gostava e pensava: "Vou ver se tem algo melhor
nos outros. Se não tiver, volto pra esse." Aí, quando terminava de passar pelos 105 canais, o programa que eu tinha gostado no primeiro já tinha acabado. Depois de um tempo desisti da TV por assinatura e resolvi me render aos estresses da TV aberta mesmo.

Mas, pra não ser tão radical, admito que no emaranhado de Sônia Abrão, Leão Lobo, Luciana Gimenez, Gugu, Mutantes, Canavial de Paixões, Casos de Família e tantos outros, existem coisas de qualidade como Jornal Nacional, Programa do Jô e mais alguns que vão seguindo uma escala evolutiva até chegar ao eterno rei da TV Brasileira: Chaves!

No fim das contas, eu nem posso reclamar muito, se fosse alguém realmente inteligente, não teria passado tanto tempo na frente de uma TV procurando algo de bom, já que eu podia ir numa biblioteca e ir diretamente em algo que certamente seria inteligente.

P.S.: Gostaria de ter tido coragem pra falar sobre aquele rapaz vestido de Superman que fica na platéia do Faustão, mas quis poupar meu coração de tanta contrariedade.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

O amor é ridículo...

Em nossa tenra infância, quando a professora nos coloca ao lado de uma menina, logo reclamamos: "Não sou menina! Não quero ficar aqui". Se é uma menina vai dizer: "Aqui, não! Menino é muito chato".

Anos mais tarde, já adolescentes, saímos pra paquerar em turma, música alta no carro, cervejas na mão, gargalhadas iradas, conversas no mIRC (sou desse tempo), comentários sobre o mulheril que passa... Já as meninas se vestem para as amigas, trocam segredos, confabulam sobre cada resposta a dar ao namorado. Uma vez adultos, o casal se tranca no quarto, longe dos olhos alheios. E, velhos, vão rir gaiatos de suas memórias.

Em todos os tempos, da criança ao velho, o encontro entre um homem e uma mulher - o amor - é vivido fora do mundo. Há uma vergonha em todo amor, uma quebra na harmonia do conjunto. Amantes são cúmplices que fazem os outros se sentirem excluídos. As relações entre os que se amam seguem regras próprias (regulamentos internos mais complicados que o da série C) que atemorizam os que estão à volta. Não é possível pedir segredo a uma parte do casal; inevitavelmente, o outro ficará sabendo.

A sociedade no geral, reage ao amor, às expressões amorosas, banindo-o do seu bojo, como fazem as empresas. Como não dá para mandar todos embora, expulsa-se o amor, considerando-o ridículo. Sim, o amor, aquela diferença (sutil para muitos) que a comunidade não suporta, acaba sendo tachado de ridículo, a ponto de surgirem expressões quando se descobre alguém amando, do gênero: "Eita bichão, tas fudido!!!", ou "Vixiiiii, é um mané mermu, esse caminho é sem volta amigão!", evidenciando assim a tentativa de ridicularizar ou culpar quem ama. Ficar apaixonado então, pode ser visto como uma fraqueza, daí se dizer: "Estou arreado os 4 pneus por ela". Por que "arreado"? Por que não elevado?

É preciso tolerar o ridículo do amor se você mesmo não quiser ser rídiculo. No fundo, no fundo, o amante tímido, o namorado contido é que são ridículos. Fugir do ridículo do amor pode transformá-lo em rídiculo também!

Fernando Pessoa, sob o nome de Álvaro de Campos, assim escreveu:

Todas as cartas de amor são
Rídiculas.
Não seriam cartas de amor se não fossem
Rídiculas.
(...)
Mas, afinal,
Só as criaturas que nunca escreveram
Cartas de amor
É que são
Rídiculas.



p.s1- O autor desse post não está sofrendo por amor no momento, isso seria rídiculo! kkk!
p.s2- Nunca diga: dessa água não beberei.

Um bon potugueis é nesseçario!

Não sei se eu sou muito intolerante/impaciente ou se isso acontece com todo mundo. Vocês já leram um texto ou conversaram com uma pessoa e tiveram raiva ou abuso dessa pessoa por causa dos erros grotescos de português cometidos!?

Meu Deus! Eu fico em tempo de correr doido quando vejo alguns erros que passam do limite do aceitável. "Mim dá um presente", "quero uma bicicleta pra mim ir se exercitar." Aff! Mim Tarzan fica em tempo de MIM enforcar num cipó com esse linguajar de índio aprendendo português. Como Ígor disse em outro post: Mim não faz nada. Mim é uma pessoa inanimada!

Sinceramente, ter uma noção básica do nosso idioma é reduzir bastante suas chances de ser motivo de chacota. Até na esfera do amor/paqueras (já notaram que 99% dos posts desse blog acabam falando desse assunto? :P). Imagine que cena linda: Você conhece uma menina/rapaz e tá ali naquela conversa interessante, aí no final a pessoa te solta um "apois ta certo, amaistarde eu ligo pra tu" (!!!!!!) Dá vontade de levar direto pro altar (pra não dizer uma jaula), né? (falando nisso, eu tenho uma amiga que jura que pegou abuso de um ex-namorado porque ele falava SEJE invés de seja.)

Deveria existir um esquema de perda de pontos pra quem falasse ou escrevesse coisas esdrúxulas (como acontece com a carteira de motorista). O cidadão ia sendo punido, e quando perdesse 20 pontos era afastado da sociedade por ser considerado perigoso, sob pena de ficar 1 ano trancafiado numa escola de letras. Se fosse um simples "impolgar" no lugar de "empolgar", perderia 1 ponto. Um "eu fui mais minha prima no banco", já perderia 5 pontos. E pelos insuportáveis "framengo", "imbigo" e "menas" (!) perderia 25 pontos, os 20 da carteira e ainda ficava devendo.

Não sou hipócrita de pedir que alguém escreva na forma culta, até porque, como vocês vêem, meus textos não seguem tal forma. Aliás, peço por favor que não escrevam nem falem assim. Seria no mínimo entediante escrever um e-mail pra um amigo assim: "Caro Joãozinho, não obstante estar com o tempo muito corrido por causa da infindável labuta diária, venho, através desta, felicitar-te por mais um aniversário. Escrever-te-ei novamente em breve, se o destino assim me permitir. Ósculos e amplexos!"... aí pra completar era só vestir o terno, colocar o chapéu coco e colocar um ótimo disco de Orlando Silva na vitrola: pronto, estaríamos nos anos 30.

É verdade que a língua evolui junto com os povos. Mas essa evolução da língua não justifica algumas coisas grotescas. Neologismo e a mutação perene dos idiomas diferem bastante de ignorância e desconhecimento das formas corretas de se falar e escrever.

Por exemplo: No Brasil - nos estados que usam "tu" ao invés de você (que já é invenção de brasileiro) - é normal falar "tu é", "tu vai", "tu está", ao invés de "tu és", "tu vais" e "tu estás"; isso é completamente aceitável, pois foi algo que se desenhou através das décadas, são pequenos erros que se incorporaram à língua não-formal nos estados do Brasil. Mas, novas formas de português só são aceitas, e acabam indo pra a gramática um dia, quando se trata de algo massivo, que cai na boca do povo. Então não me venham com uma facada na nossa língua-mãe como "tu sois muito bonitinha" esperando que isso seja entendido como evolução da língua. Isso tá mais pra ser enquadrado como crime hediondo ou atentado ao pudor.

Cito mais alguns que me dão calafrios:

"Eu sôo de mais!" (suo e demais)
"Painha" (esse pode até não ser errado, mas é muito irritante!)
"Sandália alprecata"
"Ela é a menas feia das minhas amigas" (Dai-me forças, Senhor)
"Área de Laser"
"Atráz da casa"
"Eu ia pra a festa, MAIS choveu e eu desisti" (ai minha úlcera)

Tá bom... vou parar senão eu tenho um troço (parafraseando o matuto).

Pra finalizar, meus amigos e minhas amigas, peço que comecem a corrigir as pessoas que vocês conhecem que falam certas barbaridades como "a gente somos", "pranta", "pobrema" e "nós vai". Pode ser embaraçoso na hora, mas essa pessoa certamente vai ficar grata no futuro, e assim você estará colaborando com um mundo com menos infartos do "minhocárdio" e menos "célebros" fu(n)didos.

P.S.: Quaisquer erros nesse texto, podem ficar com abuso de mim, mas deixem comentários com as correções antes! :P

P.S. (2): As pessoas que não tiveram acesso à educação estão totalmente perdoadas pelos erros de português, afinal, é impossível se cobrar que alguém saiba algo que nunca lhe foi ensinado.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Um pouquinho de Brasil, iáiá...

Nação verde-amarela, de felicidade perene, gostaria de começar esse texto falando que no solo dessa pátria mãe gentil, nasceram gênios da música como Durval Lelys, Zezé de Camargo, Marquinhos Maraial, Zeca Pagodinho, Waldick Soriano, entre tantos outros. Porém, acredito que começando um texto desta forma em uma revista de credibilidade nacional, ou seria censurado ou a revista perderia toda sua credibilidade [Como no meu blog não tem censura e ainda não temos credibilidade pra porra nenhuma, então vou aumentar a lista de gênios com: Bel Marques, Dorgival Dantas, Arnaldo Sacomani, Reginaldo Rossi e por aí vai...].

Certamente os intelectuosos que leram este primeiro parágrafo, devem estar insultando até a minha décima geração, clamando por nomes como Chico Buarque, Tom Jobim, Osvaldo Montenegro, Renato Russo, Cazuza, etc. [De antemão, aviso que também aprecio bastante]. Mas, a verdade é que o Brasil é um país de uma diversidade cultural evidente e limitar esta outra classe de gênios é transgredir o gosto popular.

Ultimamente li inúmeros comentários e reportagens a respeito da vulgaridade presente nas atuais músicas de forró. Sinceramente, acho que as pessoas antes de fazerem qualquer julgamento deviam ter um pouco mais de bom humor, menos moralismo e procurar escutar as músicas de uma forma mais descontraída [Parece até que porque a música diz “Chupa que é de uva”, todo mundo vai sair chupando todo mundo por aí].

Já imaginaram, você em um show de forró, com um litro de Montilla no “quengo “, escutando a seguinte letra: “O meu amor / Tem um jeito manso que é só seu / De me fazer rodeios / De me beijar os seios / Me beijar o ventre / E me deixar em brasa / Desfruta do meu corpo / Como se o meu corpo fosse a sua casa” [Composição do incomparável Chico Buarque]. Agora imagine a mesma situação, e a seguinte composição: “Se eu te pego do meu jeito / Do jeito que eu to afim / É TXAN TXAN TXAN / Tome amor sua danadinha!!!”. São duas maneiras diferentes de ver o mesmo mundo, mas acredito que a segunda situação é mais adequada no cenário ensaiado [Até por questões didáticas e objetivas].

Tudo bem, agora é a parte que você me xinga e diz que é por isso que o Brasil não vai pra frente e que eu sou mais um alienado musical [Terminou?]. Pois bem, pois então vá pra os Estados Unidos, país de primeiro mundo. Lá, a vulgaridade e o duplo sentido não estão nas músicas mais tocadas. A [beata] Britney Spears canta algo do tipo: “Oh, it´s so hot / and I need some air / and boy, don´t stop ‘cause I´m halfway there”. Mas, se você curte mesmo é um rock, então talvez prefira um Red Hot Chili Peppers tocando um: “I want to party on your pussy, baby”. Pra fechar, se nós temos o “Créu”, eles têm entre as mais tocadas, Akon e Snoop Dog, mandando um: “I wanna fuck you (fuck you), you already know”. [A verdade é que essa de comparar gosto musical com progresso nacional é colóquio flácido para acalentar bovino. No popular: conversa mole pra boi dormir!]

A liberdade musical está no mundo todo, não é privilégio brasileiro. Temos que ter espaço para gênios, como Raulzito e sua metamorfose ambulante até Amado Batista e a princesa, musa de seus pensamentos. Hoje, quero apenas, em nome do forró [daquele mais cabarelizado que tem], saudar todos os brasileiros que sabem se divertir nesta comunhão eclética, respeitando todos os gostos, estilos, ritmos e composições. Pois neste país, que bebe, cai e levanta, pra descer na boca da garrafa, existe um mundo de hipocrisia que insiste em nos rodear. Mas, um dia as águas de março apagarão sem ver toda essa droga, e a moça do corpo dourado do sol de Ipanema não terá vergonha de ser feliz, dançando funk, o forró e pagode, sem censura e sem dolo!

[Afinal, isso aqui iôiô, TAMBÉM é um pouquinho de Brasil iaiá...]

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Auto-Estima: ela faz toda a diferença.

"Ó vida, ó dor, ó azar." Esse bordão celebrizou a hiena Hardy, rabugento companheiro do leão Lippy do desenho animado, este personagem, além de divertido (pense num muído), era a expressão mais pura da baixa auto-estima. Pessoas que sofrem desse mal vivem triste e estão sempre se autodesvalorizando.

Divagando ainda sobre o assunto, chega-se ao raciocínio claro que a auto-estima não é megalomania! Quem se gosta estabelece metas viáveis, sem fantasias nem exageros. O primeiro a apontar o amor-próprio como uma pré-condição para uma existência satisfatória foi Freud (sempre ele, garoto exxperto...) que o chamou de Narcisismo. Isso mesmo que você leu: narcisismo no sentido freudiano significa aceitação incondicional de si mesmo. Não importam as vitórias e os reveses da vida, a riqueza, os dotes físicos ou intelectuais, as conquistas amorosas, o sujeito portador de um saudável narcisismo se ama e pronto, ela é uma boa mãe para si mesmo.

Nada sofre tanta influência da auto-estima quanto o jogo da sedução. A conquista provoca euforia! Já a rejeição atira no fundo do poço o amor próprio de qualquer um. Li recentemente, que na década de 60 psicólogos americanos fizeram duas experiências para checar se, a partir do nível da auto-estima, seria possível prever os comportamentos da sedução. Em uma delas, estudantes do sexo masculino foram submetidos a um teste de inteligência. O teste era falso, com notas atribuídas ao acaso. Metade dos alunos recebeu avaliação baixíssima, enquanto a outra metade teve o desempenho supervalorizado. Depois, usando um pretexto, os pesquisadores fizeram com que eles se encontrassem com um grupo de garotas na lanchonete da faculdade. Elas eram, na verdade, cúmplices da experiências e estavam monitorando os atos de sedução praticados pelos rapazes (fizeram uma questão de fazer isso...), como oferecer um café ou perguntar o número do telefone (contextualizando: hoje em dia perguntariam o msn e orkut da "filezinha"). Os alunos que tinham recebido notas altas eram os que mais paqueravam as moças, enquanto os que se saíram mal no "teste" ficaram quietinhos. Conclusão: a auto-estima elevada desperta o Don Juan que mora dentro de cada um de nós. A outra pesquisa, dessa vez com mulheres, mostrou um resultado um pouco diferente: quanto mais elas se sentem desvalorizadas, mais se tornam receptivas à abordagem masculina, e vice-versa. O nível de exigência das mulheres na escolha do parceiro aumenta junto com a sua auto-estima (eu quero é novidade...).

De todos os julgamentos, o mais importante é o que fazemos de nós mesmos. A bendita auto-estima influencia tudo o que nós fazemos, desde os atos mais banais, como barganhar o preço da batatinha com o feirante, até a opção entre permanecer num emprego seguro mas sem perspectivas ou montar seu próprio negócio, ou até mesmo continuar com um namoro por comodismo mútuo. Quem se ama deseja - e sabe que merece - o melhor para si.

domingo, 7 de setembro de 2008

A insatisfação congênita do ser humano

Todo mundo passa a vida inteira em busca da felicidade: Fato.

Essa busca pela felicidade se dá na vida de cada um seguindo os caminhos que nós achamos que nos levarão a ela. Dinheiro, amor, jogos, mulheres, masoquismo (O.o); todos os caminhos são válidos na cabeça de cada pessoa para se buscar a felicidade.

Agora, o que me impressiona ao analisar algumas pessoas (principalmente a mim mesmo) é o fato de que o ser humano, seja qual for o caminho que ele siga, nunca está 100% satisfeito. Sempre tem que reclamar de algo, ou comparar sua vida com a de alguém que, "certamente", é bem mais feliz do que você, mesmo quando você tem quase tudo nas mãos. É aquela velha máxima que diz que "a grama do vizinho sempre é mais verde". Eu imagino que isso seja algo que já vem de fábrica no modelo Homo sapiens, algo da psique, mas que foge dos meus poderes de análise (talvez outros blogueiros, como Freud, possam discursar melhor sobre isso).

Mas, voltando ao que nos é compatível - o empirismo - vejamos alguns casos. Quantas vezes já ouvi lamúrias de amigos (e meus amigos ouviram as minhas) sobre ser solteiro ou namorar? Milhões. O sujeito quando tá namorado há muito tempo vive dizendo: "Meu Deus, eu daria tudo pra sair sozinho, ir pra uma boate com os amigos e mil mulheres!"... aí passa um tempo, o sujeito fica solteiro e solta durante uma balada: "Tô cheio disso! Quero uma mulher pra me aquietar!" Ou então, na crise dos domingos à noite, diz logo: "Queria uma namorada pra ficar vendo o fantástico deitado no colo dela."

Não vou nem falar sobre o casamento: tão sonhado por todos e que todos reclamam quando o estão vivendo.

É realmente difícil de entender. O amor é uma dos caminhos mais procurados em busca da felicidade, e nem nele o homem (ou a mulher) sabe o que quer...

Mas essa insatisfação está presente em tudo. O Brasil tem 5 títulos mundiais, é o mais respeitado de todos os países no futebol. Mas isso basta? Nunca! Se o Brasil fosse Dodecacampeão (12 vezes) e os outros tivessem 1 ou 2 títulos, o brasileiro ainda ia querer que a Seleção ganhasse TODAS as partidas, seja de copa do mundo, copa américa, amistosos ou treinos.

Os pobres reclamam porque são pobres. Nada mais justo. Mas os muito ricos reclamam que não têm mais nada para conquistar, já têm tudo nas mãos.

Talvez seja a insatisfação congênita do ser humano que explica o fato de os Estados Unidos serem o país mais rico do mundo e, por outro lado, com maior número de suicídios e ataques de estudantes armados a escolas e universidades. É aquilo... o brasileiro inveja a baixa criminalidade da Finlândia; o finlandês inveja o calor do México; o mexicano inveja o desenvolvimento dos EUA; O americano inveja a alegria e o calor humano do Brasil; o brasileiro inveja a baixa criminalidade da Finlândia... e por ai vai, nesse infindável ciclo de reclamações.

A verdade é que ninguém está satisfeito por completo. Tem gente que não tem mais nada pra reclamar e...muda de sexo! Deve ser porque conseguiu resolver todos os problemas que um macho tem, ai foi em busca de solucionar os da mulher agora (e vice-versa).

Mas, aí é que tá a graça de se viver. Acho que a felicidade plena não existe de fato. A felicidade está na busca da felicidade (meio complexo, né?). Sendo pobre ou rico, casado ou solteiro, pentacampeão ou mero coadjuvante; o que importa é sonhar, traçar objetivos, alcançá-los. E depois? Mesmo assim não se sente feliz por completo? Corra atrás de novos objetivos e novos problemas para solucionar!

Um viva à insatisfação congênita do ser humano! É por causa dela que buscamos novas realidades e corremos sempre atrás da felicidade como cada um a idealiza.

P.S.: 90% das pessoas que fizerem mudança de sexo se disseram mais felizes! Pense sobre! :PPP

sábado, 6 de setembro de 2008

Saudade dos Trapalhões...



Qual não foi o meu grau de espanto ao ver um domingo desses Didi novamente junto com seu alter-ego Dedé, ali se passou, como num flashback oitentista sem fissuras, um filme nostálgico e saudosista na minha cabeça. Na infância de todos nós (quem tem na base duns 20 e poucos anos) , sempre esperávamos o domingo na maior expectativa de escutarmos aquele hino da alegria e do bom humor: "ta-nã-nã-nã-nã-nããããããããã-nã,ta-nã-nã-nã-nã-nããããããããã-nã...", a música tema da abertura do programa era (e ainda é) motivo de risadagem geral entre os amantes da boa comédia.


Trago na lembrança também, quando cada trapalhão se vestia de um herói, num dos últimos quadros, Didi era o Batman, Zacarias era o Robin, Dedé era o Super-Homem, e Mussum o Fantasma, e cantavam músicas como: "Super-Homem cascateiro / Só faz força no banheiro" ou "Homem-aranha, Homem-aranha /nunca bate só apanha". A audiência era tamanha que as empresas detentoras dos direitos dos personagens pediram para que o grupo não cantasse mais as músicas, que estavam enfraquecendo a imagem dos heróis.


Recordo-me também de um personagem vivido por Renato Aragão, de nome Aparício; era um pobretão que nunca falava. Ao entrar em seu barraco, via móveis novos, cortinas, tudo novo. Aí se ouvia a voz de um narrador (juro ateh hoje que é a consciência do coitado): "Olha, sua mulher mudou todos os móveis, como é que você vai pagar tudo isso?" De raiva, o infeliz quebrava tudo! Aí aparecia um casal assustado. E a voz: "Ih, rapaz, que mancada, você entrou na casa do vizinho..." Pobre Aparício.


Outro quadro marcante era o de Ananias. O anão tinha "canxa" de gigante, sempre aparecia com um emprego de "gente grande", como jogador de basquete. E ai de quem falasse mal de sua baixa estatura, ele rodava a baiana mesmo, ficava p da vida... fazia movimento a la bruce lee e etc. Mas o melhor era aquele vai e volta, pra frente e pra trás do anão, hahaha, aquilo sim era o engraçado, ele dava um saltinhos nervosos e tal.


Li recentemente em alguma revista, que os mais de 40 filmes dos trapalhões vão ser relançados em DVD. Eles nunca ganharam Palma, nem Urso de Ouro, não foram indicados ao Oscar, mas e daí? O tempo passa, o quarteto foi desfeito, mas os filmes dos trapalhões ainda dominam a lista das maiores bilheterias do cinema nacional! Até onde eu sei, são 7 títulos entre os 10 filmes nacionais mais assistidos de todos os tempos e 20 entre os 50 mais vistos.


Um sentimento nostálgico invadiu o post desse blogueiro, confesso. Mas não podia ser diferente ao pensar que nossa infância foi bem mais vivida e bem mais feliz. Hei de agradecer em boa parte a estes adoráveis trapalhões...UIIIII DJIIII DJIIIIII


P.S.: De brinde, posto juntamente com o texto um mini-dicionário trapa:


Ai que meda = Ai que medo
Arame, bufunfa, capim, feijão = Dinheiro
Arô = Alô
Audácia da pirombeta = Pessoa arrogante
Bicho bom = mulher bonita
Cacildis = Expressão de espanto
Camufla = esconde que eh gay (ex:"Elvis camufla muito bem...")
Cascavilhar = Remexer
Creuza = Rapaz alegre
Cuma? = Como?
Dia sumanal = qualquer dia da semana
Entãoces = Então
Forévis = para o inesquecível Mussum, a nossa parte traseira
Mé = a bebida preferida do Mussum
Ô da poltrona = telespectador
Ô psit = usado para chamar alguém
Poupança = Bunda, segundo Didi
Rapaz alegre = homem de masculinidade duvidosa (ex:"Todos são unânimes em afirmar,Elvis eh um rapaz alegre...")
Tesouro = O mesmo que bicho bom

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Esquizofrenia "Orkutiana"

Pra início de história, quero dizer que tenho certeza que o Orkut será um poço [ou talvez uma fossa] de inspiração para inúmeros textos, tamanha a sua pluralidade cultural e obviamente [diria principalmente] pela seu repertório de inépcias. Embasado exatamente por este rol de contradições, é que eu afirmo: O Orkut tem uma multidão de esquizofrênicos e vou provar.

Gosto de navegar no Orkut. É como caminhar anonimamente pela cabeça de pessoas que nunca vimos, ou mesmo das que conhecemos muito bem. Perfis, comunidades, fotos, vídeos, tudo isso transparece de forma direta a personalidade de uma pessoa, concorda?

- Não... NÃO concorde!

Cheguei à conclusão de que na maioria das vezes, os perfis são de personagens que as pessoas gostariam de ser! É como se toda pessoa fosse “fake" dela mesma [viajei né? mas Shakespeare diria isso se tivesse Orkut e todo mundo acharia o máximo, então não me insultem!]. Pois bem, semanalmente, recebemos pelo menos um pedido de amizade, com aquela frase [que em breve, deverá ser aceita no português, tamanho o seu uso]: “- Mim ADD aí, vai!”. Cada vez que recebo isso, coloco levemente a mão sobre a cabeça, abro um leve sorriso e balanço a cabeça na horizontal, com um sentimento de “Puta que pariu, de novo não!”.

Mas tudo bem, não vou obrigar que todo mundo saiba que a porra do “Mim” não faz nada, mas também não precisava adicionar a comunidade “Eu amo ler”, entre as favoritas não é? [Minha filha, você está lendo o quêêêê??? Pelamordedeus! Só se for a “Caras” ou a “Contigo"]. Pois é, ela deve estar crente que está abalando de intelectual, só falta um óculos na foto do perfil.

Mas ainda tem pior, acreditem! Outra vez entrei num certo perfil que estava na comunidade “Eu sou pra casar” e “Eu quero amor pra vida toda”. Nenhum problema, não é? Realmente não teria se a mesma entidade não estivesse também nas comunidades “Não tropeça que a fila anda” e “Eu pego, mas não me apego”!!! É quase um paradoxo existencial, mas acredito que ela deva ser pra casar mesmo [pra casar umas 50 vezes no mínimo]!

Outro perfil interessante são as “pseudo-desenroladas”. Elas estão lá com as fotos de pouca roupa e legendas do tipo “Eu me garanto“ ou “Ela é toda boa”, freqüentam comunidades do tipo “Ou pega de jeito ou não me pega”, ou “Homem tem que ter pegada”, porém, quando a negada chega junto é toda cheio de “não-me-toque”. [Minha queriiiiida, se você NUNCA viu um espelho no teto, não venha querer passar a imagem de impudente].

Mas, legal mesmo é quando é o inverso! [hehehe - sorriso sarcástico]! As crentes fervorosas, as apaixonadas pelos namorados, as puritanas... [Já dizia um antigo professor meu: - O mundo é crueeeel]! Tudo bem, eu não sou tão ingênuo de pedir pra elas trocarem: “Jesus, eu te amo” por “Sexo oral é o máximo”, ou mudar de “Eu amo meu namorado” para “Tem gente que pede pra ser corno”, mas muita gente conhece a tua história [cabeluda por sinal], então não precisa fazer o papel de “imaculada”, pois virgindade é coisa que dá e passa! [trocadilho infame "a la Elvis"! hehe]. E já passou!

Diante de tudo isso, só posso concluir que o Orkut, nada mais é, de que um mundo enleado, por criaturas doidivanas buscando diariamente [e insaciavelmente] transmitir seus pensamentos e vontades através de profiles cabulosos, esquecendo que uma “meia-verdade” SEEEEEMPRE será uma mentira INTEIRA. E claro, eu também estou nessa, afinal, hipocrisia é para os fracos! ;)

E continuoooo navegando!!!

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Ahh, as eleições...

A cada 2 anos nós temos a chance de viver uma relação de amor e ódio com a política. Seja na campanha para Presidente, Governador e Deputados, ou na para Prefeito e Vereadores. O ódio é praticamente unânime porque todo mundo tem consciência de que, seja em quem você vote, pouco (ou nada) do prometido será cumprido (a não ser que você tenha alguma ligação com algum dos eleitos). A parte do amor vem com a diversão garantida pelos horários políticos. Há quem reclame na alteração dos horários na TV. Mas, no íntimo, todo mundo adora ver essas figuras esdruxulas pedindo voto. Eu, particularmente, prefiro os dias que passa os vereadores!

Primeiramente, acontece um fenômeno com o começo do guia político: Eu me torno onisciente! "Conheço" todos os candidatos e todas as suas ações.

Todos os candidatos dizem, durante seus discursos, frases do tipo: "Você me conhece!", "Você sabe do que eu tenho feito no bairro da Liberdade!", "Você tem acompanhado nosso trabalho no bairro do Catolé!"... Eu!? Eu nunca te vi mais gordo (ou cabeludo, para não me taxarem como tendencioso)! Como é que eu sei de tanta coisa assim? Nem que eu conhecesse todos esses candidatos, não caberia tanta "obra bondosa" na minha cabeça... Mas eles teimam em querer me convencer que eu sei de tudo (talvez, se eu fosse tão sabido assim, anulasse meu voto todo ano).

Outra afirmação curiosa é a comumente proferida: "Sou seu vereador de todas as horas!". Tá, beleza, fico feliz por ter contado com você nesses últimos 4 anos... an? Mas, você não é Chiquinho Sapateiro (ou qualquer outro nome seguido de profissão desses)? Como é que você é meu vereador de todas as horas se nunca foi vereador?? Acho que faltou esse detalhe. Mas, fico grato pelos 4 anos de muita dedicação com cola e pregos na sola dos meus sapatos; assim você já trabalhou por mim bem mais do que a maioria dos políticos mesmo.

São 2 meses muito felizes, que fazem com que esqueçamos que, muito provavelmente, nos outros 46 meses seguinte os eleitos vão nos enganar na surdina, sorrateiros no conforto de seus gabinetes, de onde sairão novamente por mais 2 meses, para nos divertirem novamente nesse infindável show de horrores.

PS.: Quando eu vejo a encenação da maioria dos políticos nos guias da TV, consigo entender porque o símbolo do teatro são aquelas 2 mascarazinhas: :) e :( ----> 2 meses de :) e 46 de :(

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Viva o empirismo!

Enfim nasce a criança..

Antes de iniciar este blog, consultei o solicitável "amigo" Aurélio e pude confirmar de que não existiria melhor "alcunha" para este espaço.

Cego, indivíduo que não vê, ou privado de raciocínio, que oblitera a razão, dotado de uma total, absoluta e irrestrita opinião. Surdo, indivíduo que não ouve, que não obedece, oculto, secreto, impassível e indiferente.

Pois junte estas duas [d]eficiências a uma língua afiada, irreverente, sarcástica e sincera e estarás vendo o nascer de um blog pseudo-nietzschiano-matuto, bem no alto da serra da Borborema.

Aqui Ray Charles verá tudo aquilo que Beethoven escutou e não parecerá absurdo! Seguiremos nossa doutrina antiintelectual, defendendo a bandeira do empirismo, negando a existência de princípios puramente racionais e científicos, deixando evadir linhas e linhas de pura intuição, baseada na "experiência" que nós acreditamos TER, por que não? [hehehe].

Somos os Cegos e Surdos, especialistas em NADA, falando sobre um pouco de TUDO, que como primeira mensagem, parafraseia o interminável Chacrinha [esse sim, baluarte da filosofia vitalista]:

"Nós viemos foi pra CONFUDIR, não pra EXPLICAR!!!"

...enfim, sejam bem vindos ao mais novo CABARÉ literário da Internet brasileira!!! =D

[PS: design do blog em desenvolvimento]