
Musicalidade é assim. O compositor viaja, o escutador “reviaja”, uns não entendem, outros acham que entendem e mais alguns têm certeza que entendem [e ainda ousam explicar, oh céus!]. Eu sou daqueles que procuro sentido em tudo. Já tentei em todos os meus diferentes estados etílicos, interpretar o que aquele alagoano do cabelo engraçado quis dizer com: “Açaí, guardiã, zum de besouro, um imã, branca é a tez da manhã” [Uma açaí fêmea, guardiã dos besouros, quando escuta um zumbido, é magneticamente atraída para que branca seja a pela da manhã! É fantástico!]. Mas claro, se é Djavan então não deve ser algo menos genial de que Zeca Baleiro e sua “Vida vida, noves fora, zero!”.
Porém, como eu sou cabra da peste [apesar de colher as batatas da terra], não desistirei jamais de buscar explicações para este mundo paralelo [Quiçá, uma dia, a fúria desse front virá]. Continuarei viajando nesse Brasil brasileiro do pleonasmo [aprendi as figuras de linguagem, ein Elvis!? Hehe!], tentando entender porque Ary Barroso tinha um coqueiro que dava coco e porque o negão queria pegar a nega do cabelo duro pra passar batom de cor violeta [Na boca e na bochecha! Pega ela aíííííííi....].
Enfim, neste confuso lar de idéias ininteligíveis, me despeço da sala [sem ela, tem janela, inclina em cerca de atenção] e peço que todos vocês se inquietem na página de comentários. Afinal, como diria Vinícius de Morais:
“Você que ouve e não fala
Você que olha e não vê
Eu vou lhe dar uma pala
Você vai ter que aprender
A tonga da mironga do kabuletê
A tonga da mironga do kabuletê
A tonga da mironga do kabuletê”
[No mais... estou indo embora, Baby, Baby... ;)]
19 comentários:
"Freud explica(sempre ele!)..."
as vezes eu acho q eh algo como piadas internas... as musicas fazem sentido para o compositor e para um grupo seleto de amigos, ou talvez para uma pessoa homenageada... pode ser que seja tudo um grande enigma e que só quem tem as chaves para desvendá-lo seja pessoas próximas do compositor...
eh peso...
eu ja tive uma teoria de q djavan pegava palavras avulsas no dicionário e saía juntando até fazer uma música... :P
bom mesmo eram os escravos de Jó.
que jogavam caxangá
Tira, bota, deixa o Zé Pereira ficar
pois, Guerreiros com guerreiros fazem zigue zigue za
Ufaaaaa!
Devo admitir que adorei a postagem Igor, principalmente porque me sentia incompreendida nessas viagens (que alivia a tensão). :P
Eu penso que a música sempre vai ganhar o sentido de quem a escuta. Os seus desejos, as suas motivações... tudo irá favorecer ou distorcer. Poderíamos descobrir inúmeros significados pra mesma música, pois cada pessoa pode trazer o que sabe e o que sente sobre cada letra.
Essa é a grande beleza da música e o grande motivo de ela ser a fonte de energia de muitos. Mesmo que a princípio ela pareça ser sem sentido.
:D
Falando em interpretações errôneas sempre lembro de Eva, música da banda Rádio Táxi, imortalizada na voz de Ivete Sangalo.
A música trata de uma suposta Terceira Guerra Mundial, onde uma hecatombe foi causada por explosões nucleares. Usando a metáfora da Arca de Noé, eles dizem que só um casal sobreviveu e, assim como Adão e Eva, vagaram só os dois pelo mundo.
Entretanto, diferentemente de Adão e Eva, eles não estavam em nenhum Paraíso, pois a Terra foi destruída e nem o sol deu mais as caras.
No contexto da Guerra Fria, no qual a música foi criada, ela retratava uma triste porém possível realidade.
Para hodiernos casais micareteiros...
- Essa música é linda demais! Eles se amam tanto que se isolam do mundo!
- É, amor! É a nossa cara!
P.S.1: É, sou viciada em interpretação de letras de músicas.
P.S.2: Vinícius é minha paixão, mas ninguém supera Zé Ramalho nas metáforas.
:D
Prazer, hecatombe! Se eu souber oq eh isso eu mudo meu nome :P
hodierno seria = dos dias de hoje? ou "atual"... vindo do "hodie" que eh "hoje" em latim?
Obrigado por me arrumar mais 2 palavras para meu vernáculo pessoal.
Vinicius é realmente apaixonante
kkkkkkkkkkkkkkkkk
De nada, Elvis. Precisando trazer mais prolixidade e/ou palavras decrépitas aos seus textos, estou às ordens :P
Ah, hecatombe é uma carnificina. Quanto a hodierno, você acertou :D
Português é uma língua muito linda, né? heuehueh
Andrezza...
Tenho certeza que aquela música na verdade é MINHA PEQUENA ERRRRVAAAA! hehehe!
O autor apenas fez uso de palavras pseudo-homofonas para fazer todo mundo cantar uma interpretacao "diferente"! ;P
nao foi comentado no texto, mas outro grupo que não cansa de fazer letras que são pra viajar é Engenheiros do Havaí. E se formos olhar as histórias que surgem das musicas, você começa a encaixar e entender algumas.. ou pensar outras possibilidades para aquelas letras. No orkut tem várias comunidades do tipo "Analisando Letras - Fulano de Tal", onde o pessoal troca ideias e vao surgindo possibilidades para o que o compositor quis dizer.. é muito bom viajar na musica.. abracos..
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Ótima teoria, Igor!
E, pelo jeito, ainda usa um eufemismozinho no tamanho da parada,né? :x
:D
"CAVALO MANCO, AGORA, EU VOU TE ENSINAR..."
Hugo...
Engenheiros do Hawaii tem muitas músicas viajadas, mas tb tem uma musicalidade foda! Cada um escuta as músicas e interpreta da forma que acha conveniente!
Na verdade, esse post é apenas uma brincadeira! Eu que sou metido a compositor, sei que muitas vezes escrevemos mais para nós mesmo, dq para um público alvo, como o próprio Élvis falou no começo dos comentários.
Resta ao público, buscar suas mensagens e verdades nessas letras que muitas vezes não dizem NADA e ao mesmo tempo falam MUITA coisa! :)
Phipa...
Cavalo Manco a gente toma meio litro de red e encontra o sentido FACIM FACIM! hehehehe! =P
Mago, como fica o cara tomando cavalo branco escutando cavalo manco?
Depois de meio litro de red ninguém quer mais nem saber se tem sentido, Igor =x
Olá,
Você sabe que adoro música e adoro interpretá-las, ou tentar. Vi uma matéria uma vez que dizia que Djavan as vezes colocava palavras sem sentido mais para que a palavra encaixasse na melodia, ficasse sonoro, então não tente entendê-lo sempre.
Cada música pode ter várias interpretações, tem a do compositor e tem a de cada pessoa que escuta e associa com algo que vive ou viveu, já dizia o crítico musical Gilberto de Carvalho: "Um Artista é tanto mais rico quanto forem cabíveis leituras em sua obra
"
Bjos
Renata
que blog fantástico!
muito boa a idéia de vcs!
=)
bjos
Manu.
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