Já imaginou entender o que é bom sem antes ter conhecido o que é ruim? E dizer que alguém é alto se você nunca tivesse visto alguém menor que ele? Já pensou que uma pessoa de 40kg e 1.80m não seria magra se todos fossem iguais a ele?
Qualquer compreensão real só existe a partir do momento que conhecemos o estudado e seu contrário.
O entendimento que temos sobre qualquer coisa só atinge uma completude porque existe algo antagônico a ela. Claro que conseguimos compreender algumas coisas observando apenas elas. Mas, a real proporção de um fato, de um sentimento ou de uma característica (como exemplos), em uma mente ou em uma sociedade, só existe porque existe o seu contrário, que serve como parâmetro de comparação. Ouso dizer que, até para algo existir é necessário que se exista seu contrário (Não levemos ao pé da letra. Pra existir um Elvis não precisa existir um anti-Elvis, ou um Sivle. Falo de características.)
Alguém de olho puxado certo dia simplificou tudo isso de forma genial através do Yin e Yang. Partes diferentes que se completam de forma harmoniosa, uma agindo sobre a outra. Mas, como nós viemos pra confundir e não pra explicar, vamos “muer” um pouco mais...
O som só faz sentido porque existe a pausa (o silêncio). Só há relaxamento porque houve tensão (já imaginou que graça teria DEScansar se a gente nunca se cansasse?). Nós só somos educados a seguirmos o bem porque um dia alguém conheceu o mal. Piu-piu só é símbolo de ternura e meiguice porque existe o Frajola feroz e sagaz para dar o contraste. Zezé di Camargo talvez fosse considerado um cantor pior se Luciano cantasse algo que preste e ofuscasse seu brilho (não estou dizendo que Zezé seja um bom cantor (nem ruim), digo que o valor que damos a ele como cantor, seja alto ou baixo, só é esse porque existe alguém para compararmos com ele).
Agora digo... é normal a gente gostar de quem é semelhante a nós. É instintivo exaltarmos os que parecem conosco, pois assim estamos nos exaltando também. Mas, na verdade, o bem tem que dar um viva ao mal, pois só por ele o bem existe. O belo tem que bajular o feio, pois só por ele o belo existe. O simpático deve agradecer o chato, pois só por sua chatice é que o simpático assim o é.
Ame seus diferentes, pois suas características só existem porque as deles existem. Ame seus inimigos, pois seus valores só valem de alguma coisa porque existem os seus valores contrários. Ame seus diferentes, como um dia um Montecchio amou uma Capuleto. Pois para existir harmonia é preciso haver a diferença.
Qualquer compreensão real só existe a partir do momento que conhecemos o estudado e seu contrário.
O entendimento que temos sobre qualquer coisa só atinge uma completude porque existe algo antagônico a ela. Claro que conseguimos compreender algumas coisas observando apenas elas. Mas, a real proporção de um fato, de um sentimento ou de uma característica (como exemplos), em uma mente ou em uma sociedade, só existe porque existe o seu contrário, que serve como parâmetro de comparação. Ouso dizer que, até para algo existir é necessário que se exista seu contrário (Não levemos ao pé da letra. Pra existir um Elvis não precisa existir um anti-Elvis, ou um Sivle. Falo de características.)
Alguém de olho puxado certo dia simplificou tudo isso de forma genial através do Yin e Yang. Partes diferentes que se completam de forma harmoniosa, uma agindo sobre a outra. Mas, como nós viemos pra confundir e não pra explicar, vamos “muer” um pouco mais...
O som só faz sentido porque existe a pausa (o silêncio). Só há relaxamento porque houve tensão (já imaginou que graça teria DEScansar se a gente nunca se cansasse?). Nós só somos educados a seguirmos o bem porque um dia alguém conheceu o mal. Piu-piu só é símbolo de ternura e meiguice porque existe o Frajola feroz e sagaz para dar o contraste. Zezé di Camargo talvez fosse considerado um cantor pior se Luciano cantasse algo que preste e ofuscasse seu brilho (não estou dizendo que Zezé seja um bom cantor (nem ruim), digo que o valor que damos a ele como cantor, seja alto ou baixo, só é esse porque existe alguém para compararmos com ele).
Agora digo... é normal a gente gostar de quem é semelhante a nós. É instintivo exaltarmos os que parecem conosco, pois assim estamos nos exaltando também. Mas, na verdade, o bem tem que dar um viva ao mal, pois só por ele o bem existe. O belo tem que bajular o feio, pois só por ele o belo existe. O simpático deve agradecer o chato, pois só por sua chatice é que o simpático assim o é.
Ame seus diferentes, pois suas características só existem porque as deles existem. Ame seus inimigos, pois seus valores só valem de alguma coisa porque existem os seus valores contrários. Ame seus diferentes, como um dia um Montecchio amou uma Capuleto. Pois para existir harmonia é preciso haver a diferença.
12 comentários:
Ahh rapaz, esse assunto foi uma boa escolha...
Concordo com td, pq a graça da vida é a diversidade.
...e é por isso que eu amo vc, tá vendo?! hehehehe
Beijos
so sou simpática pq vc é chato, tudo certo!
Interessante a perspectiva de que só existe o bem por causa do mal, ou o bonito por causa do feio. Clever...
PS: Não digo "Ame seus inimigos", mas aceite-os...é menos hiperbólico e mais "acontecível" :P hauhauha
"Não existiria som se não
Houvesse o silêncio
Não haveria luz se não
Fosse a escuridão
A vida é mesmo assim
Dia e noite, não e sim"
Certas Coisas - Lulu Santos e Nelson Motta
Desconhecia esse seu lado filosófico-existencialista...
Profundo hein?
rpz..cegos e surdos tá merecendo um destaque maior na mídia!
Último parágrafo, né todo colunista de Veja que faz não
Vamos pleitear Cegos e Surdos no lugar de Andre petry na Veja, urgente!
Ficou perfeito. Exceto pela parte onde disse que Zezé nem era bom e nem era ruim. Na verdade, é muito ruim. =D
Perfeito.
Por isso que existe o bêbado e o sóbrio.
já imaginou se não existisse o sóbrio?
não ia ter graça ficar bêbado.
eh verdade, vinicius heueuehe
e, hudson, eu tb nao gosto de zezé. mas, isso eh juízo de valor... nao posso impor q ele seja ruim...tem gente q gosta... :D
Um grande sábio, que só existiu pelo fato de existirem os ignorantes, um dia disse que "tudo é relativo", ou seja, tudo é necessário um referência para ser descrito.
Um ditado que vem a calhar à esta questão diz que "numa terra de cegos, quem tem um olho é rei". Isso significa as diferenças são necessárias para se ter uma sociedade igual. Ambíguo, não?!
O maniqueísmo explica.
Gostei do texto, Elvis.
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