www.camera21.com.br/cegosesurdos
Entrando em fase de testes... =)
terça-feira, 23 de dezembro de 2008
quarta-feira, 17 de dezembro de 2008
NOTA OFICIAL
Notas oficiais foram feitas para divulgar algo que chame a atenção de todo um público alvo. Uma mudança, uma morte, um esclarecimento, enfim, uma mensagem que muitas vezes informa algo IMPORTANTE a respeito de algo NADA IMPORTANTE. Antes de qualquer coisa, apesar dos meus 45 dias de sumiço, informo que esta não é a nota oficial que anuncia o meu óbito! [Apesar de que talvez Elvis esteja bolando alguma forma para que isso aconteça].
A minha ausência é justificada por duas doenças simultâneas que me atacaram nos últimos dias: Trabalho e Mestrado. A primeira, de nome científico Totalmentis Ocupadis é uma doença que proíbe que você passe mais de 10 horas em casa. Já a segunda, Estudas Prakalharus, ataca exatamente quando você chega em casa, tirando-lhe a sua noite de sono tranqüila.
Mas enfim, eu não morri. E antes que Vinícius insinue de que eu estou doente, mas só vivo viajando pra farrar no Rio Grande do Norte, eu digo que lá é onde está o antídoto que me permite viver mais três semanas sorrindo!!! [Meu coração já é um pouco potiguar, não tem jeito].
Poréééééém, diante de tanta enrolação, trago BOAS NOVAS:
Os Cegos & Surdos vão passar por uma reformulação. [Menos na equipe, que continua a mesma – até com Beto querendo dizer que NÃO, mas eu não lhe dou essa opção].
Pois bem, além dos nossos “tradicionais” textos, teremos um blog mais dinâmico, com fotos, vídeos e outras coisas úteis e inúteis tentando levar um pouco de entretenimento e informação, à você, mudo que tanto insiste em discutir nesse espaço.
[Mas você pensa que acabou???]
Não é só isso. Acertamos com um dos principais portais do nosso estado e este blog está sendo transferido para o Câmera 21. Isso mesmo. Mudaremos de endereço ainda esta semana e prometo que teremos nesta nova morada uma atualização quase que diária.
Fiquem atentos que o novo endereço será divulgado neste fim de semana.
Cegos & Surdos – versão 2.0
Mais cego, mais surdo e muito mais confuso!!!
P.S 1: Perdão pela ausência, companheiros de blog. Estou levando uma grade de cerveja pra Campina neste fim de semana, para celebrarmos a paz! Não me matem! :P
P.S 2: Agradeço muuuitoo, a todas as cartas, e-mails, telefones, requisitando o meu retorno! Prometo não desapontá-los, minha legiããããão de TRÊS leitores! :D
quinta-feira, 4 de dezembro de 2008
A completude
Já imaginou entender o que é bom sem antes ter conhecido o que é ruim? E dizer que alguém é alto se você nunca tivesse visto alguém menor que ele? Já pensou que uma pessoa de 40kg e 1.80m não seria magra se todos fossem iguais a ele?
Qualquer compreensão real só existe a partir do momento que conhecemos o estudado e seu contrário.
O entendimento que temos sobre qualquer coisa só atinge uma completude porque existe algo antagônico a ela. Claro que conseguimos compreender algumas coisas observando apenas elas. Mas, a real proporção de um fato, de um sentimento ou de uma característica (como exemplos), em uma mente ou em uma sociedade, só existe porque existe o seu contrário, que serve como parâmetro de comparação. Ouso dizer que, até para algo existir é necessário que se exista seu contrário (Não levemos ao pé da letra. Pra existir um Elvis não precisa existir um anti-Elvis, ou um Sivle. Falo de características.)
Alguém de olho puxado certo dia simplificou tudo isso de forma genial através do Yin e Yang. Partes diferentes que se completam de forma harmoniosa, uma agindo sobre a outra. Mas, como nós viemos pra confundir e não pra explicar, vamos “muer” um pouco mais...
O som só faz sentido porque existe a pausa (o silêncio). Só há relaxamento porque houve tensão (já imaginou que graça teria DEScansar se a gente nunca se cansasse?). Nós só somos educados a seguirmos o bem porque um dia alguém conheceu o mal. Piu-piu só é símbolo de ternura e meiguice porque existe o Frajola feroz e sagaz para dar o contraste. Zezé di Camargo talvez fosse considerado um cantor pior se Luciano cantasse algo que preste e ofuscasse seu brilho (não estou dizendo que Zezé seja um bom cantor (nem ruim), digo que o valor que damos a ele como cantor, seja alto ou baixo, só é esse porque existe alguém para compararmos com ele).
Agora digo... é normal a gente gostar de quem é semelhante a nós. É instintivo exaltarmos os que parecem conosco, pois assim estamos nos exaltando também. Mas, na verdade, o bem tem que dar um viva ao mal, pois só por ele o bem existe. O belo tem que bajular o feio, pois só por ele o belo existe. O simpático deve agradecer o chato, pois só por sua chatice é que o simpático assim o é.
Ame seus diferentes, pois suas características só existem porque as deles existem. Ame seus inimigos, pois seus valores só valem de alguma coisa porque existem os seus valores contrários. Ame seus diferentes, como um dia um Montecchio amou uma Capuleto. Pois para existir harmonia é preciso haver a diferença.
Qualquer compreensão real só existe a partir do momento que conhecemos o estudado e seu contrário.
O entendimento que temos sobre qualquer coisa só atinge uma completude porque existe algo antagônico a ela. Claro que conseguimos compreender algumas coisas observando apenas elas. Mas, a real proporção de um fato, de um sentimento ou de uma característica (como exemplos), em uma mente ou em uma sociedade, só existe porque existe o seu contrário, que serve como parâmetro de comparação. Ouso dizer que, até para algo existir é necessário que se exista seu contrário (Não levemos ao pé da letra. Pra existir um Elvis não precisa existir um anti-Elvis, ou um Sivle. Falo de características.)
Alguém de olho puxado certo dia simplificou tudo isso de forma genial através do Yin e Yang. Partes diferentes que se completam de forma harmoniosa, uma agindo sobre a outra. Mas, como nós viemos pra confundir e não pra explicar, vamos “muer” um pouco mais...
O som só faz sentido porque existe a pausa (o silêncio). Só há relaxamento porque houve tensão (já imaginou que graça teria DEScansar se a gente nunca se cansasse?). Nós só somos educados a seguirmos o bem porque um dia alguém conheceu o mal. Piu-piu só é símbolo de ternura e meiguice porque existe o Frajola feroz e sagaz para dar o contraste. Zezé di Camargo talvez fosse considerado um cantor pior se Luciano cantasse algo que preste e ofuscasse seu brilho (não estou dizendo que Zezé seja um bom cantor (nem ruim), digo que o valor que damos a ele como cantor, seja alto ou baixo, só é esse porque existe alguém para compararmos com ele).
Agora digo... é normal a gente gostar de quem é semelhante a nós. É instintivo exaltarmos os que parecem conosco, pois assim estamos nos exaltando também. Mas, na verdade, o bem tem que dar um viva ao mal, pois só por ele o bem existe. O belo tem que bajular o feio, pois só por ele o belo existe. O simpático deve agradecer o chato, pois só por sua chatice é que o simpático assim o é.
Ame seus diferentes, pois suas características só existem porque as deles existem. Ame seus inimigos, pois seus valores só valem de alguma coisa porque existem os seus valores contrários. Ame seus diferentes, como um dia um Montecchio amou uma Capuleto. Pois para existir harmonia é preciso haver a diferença.
terça-feira, 2 de dezembro de 2008
Sobre a falta de educação...
O Brasil nunca fundou sua educação. Fundou uma nova capital, uma indústria potente a partir das exportações agrícolas, hidrelétricas, modernos aeroportos, mas não fundou um sistema educacional que servisse de base para a construção do futuro do país. O resultado dessa omissão é que, em 1970, éramos o mais promissor dos países em desenvolvimento. Coréia do Sul, Cingapura ou Malásia fundaram seus sistemas educacionais e se distanciaram (anos-luz). Outros que tinham situação parecida com a do Brasil - Irlanda, Espanha e Portugal - investiram em educação e se tornaram parte do primeiro mundo. Hoje, México e Turquia já começaram a nos superar (considero o Chile como sendo de primeiro mundo).
Isso porque continuamos adiando, apostando errado. No lugar de fundar um sistema educacional potente que, em 20 anos, nos ponha outra vez como país promissor, continuamos relegando a educação a apenas evoluir lentamente. No que se refere ao sentimento político, nossa posição em relação à educação continua no século 19, quando o século 21 exige uma postura radicalmente contrária.
Continuamos inaugurando escolas, como fazia D.Pedro II, aumentando lentamente o número de crianças no colégio. Transferimos para o setor privado a função de melhorar a escola, que, nesse caso, é paga, em parte com recursos federais, enquanto mantemos os filhos do povo, os que vão construir o futuro também, em escolas sem qualidade e desiguais, conforme a riqueza da cidade e o gosto do prefeito.
Para dar uma impressão de movimento, o governo faz publicidade acerca de uma reforma universitária superficial e incompleta. Incompleta porque não há boa universidade em um país que joga fora o potencial intelectual de dois terços dos seus jovens que não terminaram o ensino médio. Dos que terminam e passam no vestibular, boa parte entra sem o preparo necessário. Sem um ensino de base competente e para todas as crianças, o ensino superior brasileiro continuará incompleto e incompetente. Os países que fizeram uma boa universidade não têm pessoas mais geniais do que o Brasil, apenas têm um número maior de pessoas bem formadas, entre as quais escolher os seus gênios. Não é uma questão de QI superior, longe disso, é uma questão de probabilidade. Sou partidário do ex-ministro Cristovam Buarque, que defende que a reforma da universidade deveria começar pela Fundação da Educação Básica, universal e com qualidade.
Começar a reforma pela universidade é um gesto duvidoso de moral política porque se começa a reformar não apenas pelo topo da pirâmide social. É uma mensagem de opção pela manutenção da exclusão, compete ao Congresso optar pela criação de um sistema educacional competente, do ensino fundamental, a partir dos quatro anos, até o ensino superior, formando assim um cidadão e profissional qualificado, e acima de tudo, preparado para o futuro.
P.S.: Os leitores perdoem nosso "sumiço", por motivos que fogem do controle não estávamos atualizando assiduamente. Os posts serão mais constantes, prometo.
P.S. 2: Não quis entrar no terrenos da cotas por achá-lo pantanoso demais.
P.S. 3- E pensar que Cristovam Buarque foi demitido por telefone. Quanta falta de Educação...
Isso porque continuamos adiando, apostando errado. No lugar de fundar um sistema educacional potente que, em 20 anos, nos ponha outra vez como país promissor, continuamos relegando a educação a apenas evoluir lentamente. No que se refere ao sentimento político, nossa posição em relação à educação continua no século 19, quando o século 21 exige uma postura radicalmente contrária.
Continuamos inaugurando escolas, como fazia D.Pedro II, aumentando lentamente o número de crianças no colégio. Transferimos para o setor privado a função de melhorar a escola, que, nesse caso, é paga, em parte com recursos federais, enquanto mantemos os filhos do povo, os que vão construir o futuro também, em escolas sem qualidade e desiguais, conforme a riqueza da cidade e o gosto do prefeito.
Para dar uma impressão de movimento, o governo faz publicidade acerca de uma reforma universitária superficial e incompleta. Incompleta porque não há boa universidade em um país que joga fora o potencial intelectual de dois terços dos seus jovens que não terminaram o ensino médio. Dos que terminam e passam no vestibular, boa parte entra sem o preparo necessário. Sem um ensino de base competente e para todas as crianças, o ensino superior brasileiro continuará incompleto e incompetente. Os países que fizeram uma boa universidade não têm pessoas mais geniais do que o Brasil, apenas têm um número maior de pessoas bem formadas, entre as quais escolher os seus gênios. Não é uma questão de QI superior, longe disso, é uma questão de probabilidade. Sou partidário do ex-ministro Cristovam Buarque, que defende que a reforma da universidade deveria começar pela Fundação da Educação Básica, universal e com qualidade.
Começar a reforma pela universidade é um gesto duvidoso de moral política porque se começa a reformar não apenas pelo topo da pirâmide social. É uma mensagem de opção pela manutenção da exclusão, compete ao Congresso optar pela criação de um sistema educacional competente, do ensino fundamental, a partir dos quatro anos, até o ensino superior, formando assim um cidadão e profissional qualificado, e acima de tudo, preparado para o futuro.
P.S.: Os leitores perdoem nosso "sumiço", por motivos que fogem do controle não estávamos atualizando assiduamente. Os posts serão mais constantes, prometo.
P.S. 2: Não quis entrar no terrenos da cotas por achá-lo pantanoso demais.
P.S. 3- E pensar que Cristovam Buarque foi demitido por telefone. Quanta falta de Educação...
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